C'est qui le plus fort, au grand coeur?
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
"Temo aqui um indivíduo!"
Hoje foi finalmente dia de irmos os três ao ginecologista: a mamã, o papá e o bebé! Estávamos ansiosos e com receio, com medo das expectativas... Temos ouvido tantas histórias tristes nos últimos tempos; gravidezes ectópicas, abortos espontâneos (20% das grávidas perdem os bebés até às 13 semanas), mães com pré-eclampsia. Foi um turbilhão de emoções quando o médico disse "Está aqui um indivíduo! E é só um!". Vimos o bebé, ouvimos (e o papá viu) o coraçãozinho, vimos a vesícula vitelina... e parece que está tudo bem. Mas já percebemos que nunca mais na vida vamos descansar, o medo de que não esteja tudo bem é constante, e se é assim quando ele está tão sossegadinho dentro da minha barriga, imagino quando ele estiver cá fora e tiver de o entregar a alguém...
sábado, 7 de janeiro de 2012
Positivo!
Há imagens que valem mais de mil palavras! Esta é uma delas! Nesta imagem está a nossa felicidade e o nosso receio, está a nossa esperança e a nossa ansiedade, a nossa coragem e o nosso medo de falhar… nesta imagem está a nossa história e o nosso futuro! Para ti bebé, queremos que saibas que estamos muito felizes, que já te amamos muito, que já te amávamos mesmo antes de existires… que estamos muito entusiasmados com esta aventura, a aventura de sermos papás, de sermos responsáveis, para sempre, por ti. Desejamos que sejas saudável, honesto e feliz! O resto virá por acréscimo!
Lisboa
Passámos a tarde no Castelo de São Jorge… revivemos cada minuto do primeiro dia de uma vida em comum. Estava uma luz fantástica! Um pôr-do-sol que nos fez invejar muitas das varandas e pátios com vista para o rio, e para o Castelo, e para a cidade… Namorámos, sonhámos e conversámos muito. O P. dizia uma coisa muito interessante: “Há 8 anos as nossas vidas mudaram completamente para nunca mais voltarem a ser as mesmas; e hoje podem mudar novamente, e nunca mais vai ser possível recuar.”
Depois fomos ao Nepalês, dei uma facadinha na dieta (mas controlada!), e concordámos que um jantar no Nepalês não é só uma refeição, é toda uma experiência em que os sabores, os cheiros, as luzes, o ambiente nos transportam pelas nossas memórias, pelas noites que ali passámos, pelas promessas que ali trocámos, pelos desejos que ali pedimos… como este de ter um filho!
Seguiu-se um cafezinho na esplanada da Graça… com aquela vista maravilhosa sobre Lisboa. Não há palavras para descrever a magia daquele lugar, a nostalgia, o encanto de Lisboa.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Novidades
Há muito que não escrevo, mas gostava de retomar este cantinho. Neste momento estou sem computador e não posso prometer publicações diárias, mas quero tentar ir mantendo este espaço actualizado.
Acabei por ir de novo ao ginecologista em Junho para lhe comunicar as minhas conquistas. Na balança dele pesava ao certo 80kg, o que me valeu rasgados elogios, apesar do “Menos 5kg é que era bom!”. Disse-lhe que tentaria continuar a perder peso enquanto tentava simultaneamente engravidar. Entretanto, no mês de Dezembro voltei a engordar, e estou novamente em dieta rigorosa. Nem me atrevo dizer quanto, mas posso assegurar que já perdi alguma coisa.
Assim, na última consulta consegui a minha autorização para engravidar. O médico disse-me que durante os próximos seis meses poderia começar a tentar e, caso não conseguisse, que o procurasse após essa data. Recomendou-me que voltasse a tomar o Folicil e alertou-me para os riscos da toxoplasmose uma vez que não estou imune: fim às carnes mal passadas, aos enchidos e fumados não cozidos, aos legumes crus fora de casa (que deverão ser lavados com Amukina),… Nos primeiros meses cumpri tudo escrupulosamente mas desde o final do Verão que nem Folicil, nem cuidados especiais com a alimentação, nem dieta. Tenho-me portado um bocadinho mal!
Como já passaram mais de 6 meses, tenho de confessar que cheguei a sentir-me um bocadinho ansiosa. Houve momentos em que acreditei que poderia estar grávida, outros em que tive medo de não conseguir engravidar, outros ainda em que o meu maior receio foi mesmo ter engravidado. Entretanto, passámos alguns fins-de-semana fora a namorar e fomos de férias para a Turquia em Dezembro. Foi uma viagem extraordinária e, digamos que é provável que eu possa estar grávida… até porque estou com um atraso na menstruação, tive dores semelhantes às menstruais mas muito mais fortes, dói-me o peito (e não, não tenho desejos!).
Amanhã passamos o fim-de-semana em Lisboa para comemorarmos os 8 anos de namoro. Vamos ao Castelo de São Jorge para recordar o nosso primeiro beijo, vamos ao nosso restaurante favorito onde tantas vezes sonhámos com este bebé e com tantos projectos futuros. E vamos fazer o teste juntos… Até lá vou-me preparar para qualquer um dos resultados… até porque não sei qual dos dois me assusta mais!
terça-feira, 15 de março de 2011
Eva Armisén
E já que estamos numa de arte, partilho convosco uma artista que faz as minhas delícias – Eva Armisén. É espanhola, mais concretamente de Zaragoça, e é uma artista plástica contemporânea. Em Portugal, costuma expor anualmente na Galeria de Arte Periférica no CCB.
Se
SE...
Se podes conservar o teu bom senso e a calma
Num mundo a delirar para quem o louco és tu;
Se podes crer em ti com toda a força de alma
Quando ninguém te crê; se vais faminto e nu,
Trilhando sem revolta um rumo solitário;
Se à turva intolerância, à negra incompreensão,
Tu podes responder subindo o teu calvário
Com lágrimas de amor e bênçãos de perdão;
Se podes dizer bem de quem te calunia;
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor
(Mas sem a afectação de um santo que oficia
Nem pretensões de sábio a dar lições de amor);
Se podes esperar sem fatigar a esperança,
Sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho,
Fazer do pensamento um arco de aliança
Entre o clarão do inferno e a luz do céu risonho;
Se podes encarar com indiferença igual
O triunfo e a derrota, eternos impostores;
Se podes ver o bem oculto em todo o mal
E resignar sorrindo o amor dos teus amores;
Se podes resistir à raiva e à vergonha
De ver envenenar as frases que disseste
E que um velhaco emprega eivadas de peçonha
Com falsas intenções que tu jamais lhes deste;
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Vaiadas por malsins, desorientando o povo,
E sem dizeres palavra, e sem um termo agreste,
Voltares ao princípio, a construir de novo;
Se puderes obrigar o coração e os músculos
A renovar um esforço há muito vacilante,
Quando no teu corpo, já afogado em crepúsculos,
Só exista a vontade a comandar avante;
Se vivendo entre o povo és virtuoso e nobre;
Se vivendo entre os reis, conservas a humildade;
Se inimigo ou amigo, o poderoso e o pobre
São iguais para ti à luz da eternidade;
Se quem conta contigo encontra mais que a conta;
Se podes empregar os sessenta segundos
Do minuto que passa em obra de tal monta
Que o minuto se espraia em séculos fecundos;
Então, oh ser sublime, o mundo inteiro é teu!
Já dominaste os reis, os tempos, os espaços,
Mas ainda para além, um novo sol rompeu,
Abrindo o infinito ao rumo dos teus passos.
Pairando numa esfera acima deste plano,
Sem receares jamais que os erros te retomem,
Quando já nada houver em ti que seja humano,
Alegra-te, meu filho, então serás um homem!
Se podes conservar o teu bom senso e a calma
Num mundo a delirar para quem o louco és tu;
Se podes crer em ti com toda a força de alma
Quando ninguém te crê; se vais faminto e nu,
Trilhando sem revolta um rumo solitário;
Se à turva intolerância, à negra incompreensão,
Tu podes responder subindo o teu calvário
Com lágrimas de amor e bênçãos de perdão;
Se podes dizer bem de quem te calunia;
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor
(Mas sem a afectação de um santo que oficia
Nem pretensões de sábio a dar lições de amor);
Se podes esperar sem fatigar a esperança,
Sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho,
Fazer do pensamento um arco de aliança
Entre o clarão do inferno e a luz do céu risonho;
Se podes encarar com indiferença igual
O triunfo e a derrota, eternos impostores;
Se podes ver o bem oculto em todo o mal
E resignar sorrindo o amor dos teus amores;
Se podes resistir à raiva e à vergonha
De ver envenenar as frases que disseste
E que um velhaco emprega eivadas de peçonha
Com falsas intenções que tu jamais lhes deste;
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Vaiadas por malsins, desorientando o povo,
E sem dizeres palavra, e sem um termo agreste,
Voltares ao princípio, a construir de novo;
Se puderes obrigar o coração e os músculos
A renovar um esforço há muito vacilante,
Quando no teu corpo, já afogado em crepúsculos,
Só exista a vontade a comandar avante;
Se vivendo entre o povo és virtuoso e nobre;
Se vivendo entre os reis, conservas a humildade;
Se inimigo ou amigo, o poderoso e o pobre
São iguais para ti à luz da eternidade;
Se quem conta contigo encontra mais que a conta;
Se podes empregar os sessenta segundos
Do minuto que passa em obra de tal monta
Que o minuto se espraia em séculos fecundos;
Então, oh ser sublime, o mundo inteiro é teu!
Já dominaste os reis, os tempos, os espaços,
Mas ainda para além, um novo sol rompeu,
Abrindo o infinito ao rumo dos teus passos.
Pairando numa esfera acima deste plano,
Sem receares jamais que os erros te retomem,
Quando já nada houver em ti que seja humano,
Alegra-te, meu filho, então serás um homem!
quinta-feira, 10 de março de 2011
A minha lista de compras de dieta
E já que estamos numa de organização doméstica, partilho convosco a minha lista de compras de dieta, que é um pedacinho diferente da habitual. Ajuda-me a comprar apenas aquilo que me faz falta, a não me perder com coisas que sabem bem mas que engordam ou fazem mal, a organizar-me e a poupar alguns euros.
Por princípio, só compro o que está assinalado na lista ou que acrescentei em casa. Se já no supermercado vejo alguma coisa que “Estava mesmo a precisar disto!” ou “Ai tão bom! Quero! Quero! Quero!”, coloco na lista da próxima semana (muitas vezes acabo por desistir da ideia e poupar). Só infrinjo a regra para substituir algum produto que esteja esgotado ou para substituir um produto por um semelhante que me apeteça mais: por exemplo, comprar brócolos em vez de feijão verde; ou se realmente me tiver esquecido de uma coisa realmente importante (o que dificilmente vai acontecer uma vez que tenho a minha preciosa lista).
Por exemplo, esta semana, já no supermercado, olhei para os esfregões da loiça e lembrei-me que o meu estava a precisar de ser substituído, fiz um esforço, cumpri a regra e coloquei na lista da semana seguinte. Quando cheguei a casa verifiquei que ainda lá tinha esfregões novos! E isto acontece-me muitas vezes!
O espaço em frente à designação dos produtos uso quando chego a casa para registar o preço de cada produto para depois comparar preços entre diferentes supermercados, se bem que por norma vou sempre àquele onde os preços são baixos o ano inteiro.
Neste momento, ando a tentar fazer as minhas compras ao mês e para tal deverei criar uma outra lista, mais pequenina, só com o pão, lacticínios e legumes e frutas, que são aquelas coisas que preciso mesmo de adquirir semanalmente.
Se alguém tiver interesse em ter esta lista em Word para alterar de acordo com as necessidades pessoais, tenho todo o prazer em enviar por e-mail.
Rótulos Vintage para Especiarias
Aqui há um tempo comprei um daqueles suportes de cozinha para especiarias na Loja do Gato Preto… e por lá tem andado até que eu me resolvesse a fazer os rótulos, sob pena de colocar tudo nos ditos cujos e de depois já não saber distinguir os cominhos da pimenta, o caril do açafrão, ou o colorau do piripiri. Ontem à noite estive então a fazer os rótulos e apeteceu-me partilhar convosco. Se alguém quiser o ficheiro original para adaptarem de acordo com as vossas necessidades, é só pedir que eu enviarei por e-mail com todo o gosto.
- €200; + 200km
Não entrei bem em 2011. Janeiro costuma ser um mês extraordinário para mim, mas este Janeiro começou mal e os maus ventos continuam. Foi em Janeiro que terminei a minha licenciatura, que comecei a namorar, que assinei o contrato de promessa de compra e venda da minha casa, que comecei a trabalhar… entre outras tantas coisas. Este ano Janeiro também me parecia um mês espectacular: ia entrar para o quadro, ia finalmente começar a tentar engravidar. A entrada para o quadro aconteceu mas não foi o acontecimento feliz que previa, bem pelo contrário. E engravidar parece cada vez uma coisa mais remota…
Não posso dizer que ganho muito pouco, não ganho o ordenado mínimo, nem posso dizer que me falta o dinheiro para pagar o essencial (habitação, alimentação, saúde,…), até porque ainda vai sobrando alguma coisa para umas despesas extraordinárias como a senhora que me ajuda com a limpeza, as unhas de gel ou um ou outro fim de semana fora. Mas nos últimos meses não sobrou nada, para ser franca gastei mesmo mais do que ganhei… e ainda não senti o corte de €200,00. E isto sem ter tido assim uma loucura fora do comum… tive algumas despesas que fugiram ao habitual como a substituição da fechadura do carro que me levou €313,00 mas, bem vistas as coisas, não há mês nenhum que não tenha despesas extraordinárias. Em Março será o baptizado do afilhado do Paulo (parece que já estou a ver os € que vamos gastar com roupa e sapatos para mim, mais a vela, a toalhinha, a conta do padre,…) e o fim de semana no final do mês que vamos passar a Alcoutim (a estadia foi paga com um voucher da Vida é Bela que ainda é presente de casamento, mas só em gasóleo e refeições será um dinheirão). Isto para dizer que se o dinheiro não chega agora, como chegará com o meu futuro vencimento de 3 algarismos e ainda para um bebé?
Mas há mais! O meu super marido também é funcionário público mas está com licença sem vencimento, a trabalhar por conta própria, para estar mais pertinho de mim. Por motivos de estabilidade, económicos e para não perder o vínculo à função pública (apesar de isto não ser sinónimo de rigorosamente nada), na esperança de se conseguir transferir para mais perto ou de nos conseguirmos transferir os dois para bem mais longe, decidiu voltar, o que deverá acontecer no início de Maio. E voltar significa ir viver para longe, significa estarmos separados de segunda a sexta, significa estar numa terra onde não tenho raízes, onde não tenho família, sozinha, significa sair às 17 do trabalho e ficar até à hora de me deitar completamente sozinha, significa ter de ir a consultas médicas sozinha, ao supermercado sozinha, a todo o lado sozinha. E, para ser franca, nos últimos anos tornei-me um ser absolutamente dependente… eu não sei viver sem ele, não quero viver sem ele. Se com ele, já me sinto tão sozinha… Ele é a minha única segurança, o meu porto de abrigo, o meu colo, o abraço para onde corro quando tudo o resto falha, e quando nada falha, e quando quero festejar uma vitória ou apenas preciso de mimo. Sei que não serei feliz assim, e sei-o porque já vivemos assim 1 ano e meio, e essa experiência levou-me a fazer 200km por dia de comboio para vir trabalhar. Nunca discutimos tanto como nessa fase e nessa fase nem sabíamos como era bom vivermos juntos, nunca me lembro de ser tão infeliz de segunda a sexta, passávamos a semana a contar os dias para o fim de semana. Foi também a minha fase menos produtiva no trabalho! Lembro-me de dizermos à quarta-feira “Já só falta um dia inteiro!”, lembro-me de ele me entrar em casa à sexta e de nos primeiros 10 minutos não o conseguir ver tal era a força e o tempo que demoravam os seus abraços, lembro-me de chorarmos os dois às 6 da manhã de segunda feira, de todas as segundas feiras daquele ano e meio, e de nos arrastarmos ao longo do dia. E agora? Desde Maio de 2006 não sabemos o que é viver separados e queremos mais do que qualquer outra coisa viver juntos, casámos em Abril para formalizar essa vontade, e teremos de viver a 2 horas de caminho por tempo indeterminado. Se me dissessem que era um sacrifício de 3 meses, de 6 meses, de 1 ano… eu organizava-me emocionalmente para viver assim durante esse tempo. Mas eu não sei até quando… E enquanto isso, desespero… desespero porque não quero viver o meu projecto de gravidez sozinha, porque não quero criar o meu bebé sozinha, porque não quero abdicar de ser feliz! E já abdiquei!
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
A saga das caminhadas continua
Ontem um colega propôs-me um percurso de 5,5 Km para caminhar. “É um percurso simpático, tem poucos carros, tem quase sempre passeios e faz-se bem, cerca de 1 hora.” Cheguei a casa, jantei e lá fui eu, com a sensação de quem vai fazer a meia maratona e já cansada só com a ideia. Lá fui, na companhia do bom do maridinho, medricas que só eu: “Ai que ouvi um cão!, “Ai que esta rua é muito deserta!”, “Ai que está ali uma pessoa!”, “Ai que barulho foi este!”. E ele, paciente: “Não te preocupes, foi só um cão, e está preso, e eu dou-lhe pontapés se for preciso (duvido que fosse capaz). E é só uma pessoa a passear, e eu estou aqui.” Para dizer que correu bem e que cheguei a casa com a sensação de dever cumprido, mais morta que viva, apesar de ter atalhado a 2km do fim. Vá lá que tenha feito só 4,5Km, mas já foi uma vitória. Mais uma semaninha a caminhar, e lá ganho coragem para a volta completa!
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