quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A saga das caminhadas continua

Ontem um colega propôs-me um percurso de 5,5 Km para caminhar. “É um percurso simpático, tem poucos carros, tem quase sempre passeios e faz-se bem, cerca de 1 hora.” Cheguei a  casa, jantei e lá fui eu, com a sensação de quem vai fazer a meia maratona e já cansada só com a ideia. Lá fui, na companhia do bom do maridinho, medricas que só eu: “Ai que ouvi um cão!, “Ai que esta rua é muito deserta!”, “Ai que está ali uma pessoa!”, “Ai que barulho foi este!”. E ele, paciente: “Não te preocupes, foi só um cão, e está preso, e eu dou-lhe pontapés se for preciso (duvido que fosse capaz). E é só uma pessoa a passear, e eu estou aqui.” Para dizer que correu bem e que cheguei a casa com a sensação de dever cumprido, mais morta que viva, apesar de ter atalhado a 2km do fim. Vá lá que tenha feito só 4,5Km, mas já foi uma vitória. Mais uma semaninha a caminhar, e lá ganho coragem para a volta completa!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Alli, o Super Poderoso

Ontem foi dia de consulta de endocrinologia/nutrição. Foram 10 minutos de consulta pagos a preço de ouro, mais precisamente €75. Pesou-me e disse-me que estava com 90kg, o que até aí não me trouxe qualquer novidade. Não perguntou altura, não mediu o índice de massa corporal. Não quis saber o tipo de alimentação que estava a fazer nem se tinha algum problema de saúde. Pediu-me que fizesse umas análises para acrescentar à lista imensa de análises que já tinha levado, que comesse mais pão e deixasse a bolachinha Maria a acompanhar a maçã ou o copo de leite ao deitar, que não comesse só uma sopa ao almoço mas que fizesse refeições completas, que não excedesse as três peças de fruta ao dia e não comesse iogurtes se não gostava. E mandou-me tomar Alli, aquele que dá na talevisão. E pediu que voltasse daqui a um mês e meio.
Posto isto, espero bem que esse tal de Alli tenha mesmo poderes especiais, porque se a semana passada não perdi nem um quilo a comer sopinha ao almoço e ao jantar e a abolir o pão, não percebo como comendo pão três vezes por dia e fazendo refeições completas vou perder um grama que seja. Esperamos para ver!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Olha, mas fui eu que escrevi isto!

Hoje tenho T.P.C. (vulgos trabalhos de/para casa). E ando aqui à roda, à roda e não encontro as palavras certas para exprimir as ideias certas. Atalhei então! http://www.google.com/ , Rede Social + Banco Local de Voluntariado, e depois de ter lido mais de 10 textos a dizer exactamente a mesma coisa e de nenhum me ter satisfeito, fui ter acidentalmente a um texto escrito precisamente por mim sobre o assunto. “Era isto mesmo que eu queria!”, “Olha, mas fui eu que escrevi isto!”

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Descansem em paz!

O que mais está para me acontecer? Primeiro foi o ginecologista a dizer “ai agora era um disparate engravidar, com esse peso, vai ter de esperar”; depois foi o maldito do orçamento de estado que me roubou a possibilidade de ir de férias; e agora, partiram-se em mil bocadinhos os dois objectos pelos quais tenho maior devoção cá em casa. Mas há coração que aguente?
Eles dizem que sim! Os sábios, aqueles que, pelo dia em que nascemos, são capazes de calcular a influência dos astros na nossa personalidade, dizem que a mulher de signo touro é uma fortaleza que tudo suporta. Dizem também que somos materialistas, que damos valor divino a tudo o que temos. Ofendem-nos ao dizer que, se dermos uma festa em casa, vamos fazer questão de referir o quão valiosos são os copos de cristal, ou a toalha de mesa bordada (apesar de salvaguardarem que lembraríamos de igual modo a importância e a razão da festa, considerada por nós um rito quase sagrado). Os sábios dizem que para nós, o valor material e espiritual são exactamente a mesma coisa e têm o mesmo significado, que nos apegamos às coisas com muita facilidade e temos necessidade de conservar tudo o que possuímos. E então?

Posto isto, como posso eu ter uma reacção normal ao facto de se terem partido de uma só vez os dois anjos que comprei há mais de 10 anos, quando ainda estudava? Os dois anjos que comprei com o dinheiro acumulado das minhas poupanças, depois de ter ido umas três ou quatro vezes à loja, admirá-los para ver se ainda lá estavam porque da primeira vez que os vi tive a certeza que tinham de ser meus? Como é que alguém pode querer que eu tenha uma reacção equilibrada e proporcional? Como é possível não ser materialista e pensar “eram apenas dois objectos” ou “qualquer dia compro outros parecidos” ou ainda “olha, ainda bem, já estava farta deles e já tenho desculpa para ir comprar uns novos”? Como podem pedir-me sensatez e bom senso? Eu sei que ninguém se magoou, que não me caiu a casa, que (ainda) não perdi o emprego, mas caramba, tanta coisa para partir e tinham de ser logo eles.
Mas há mais! Esses malditos sábios, que nos rogam pragas e nos infernizam com as suas profecias, ainda têm a distinta lata de dar umas sugestõezinhas sobre como irritar um nativo de touro. Entre elas, consta “se for possível parta jarras ou outros objectos de decoração da casa deles e depois pergunte: Isto não tinha muita importância, pois não?". Ai, se alguém se atrevesse a partir os meus anjos e a dizer isto!
Mal por mal, que tenha sido eu a parti-los! É que é mais fácil fazer as pazes comigo própria!
Descansem em paz meus queridos! A mamã vai ter saudades vossas!

Caminhadas suspensas por tempo indeterminado

Por ora, e por causa da maldita chuva que teima em não me abandonar, as minhas caminhadas estão temporariamente suspensas. Domingo não fui, segunda não fui e hoje temo bem ir pelo mesmo caminho. E não, não é desculpa! Até já me estava a habituar, o corpo até já estava a pedir, até já me sentia com mais genica… Estou cá com uma desconfiança que quando recomeçar me vão doer novamente todos os músculos e ossinhos do corpo. Ai! Hoje mesmo vou buscar uma passadeira emprestada a casa de uma amiga… é que nos últimos dias, e apesar do sacrifício, não perdi nem um grama!

Um ramo de flores nunca será uma coisa supérflua


Ontem recebi flores… foi dia dos namorados! Adoro receber flores mas ontem não consegui que me deixasse de pesar o dinheiro que as flores custaram. E não consegui que me deixasse de pesar a culpa por não ser capaz de desfrutar do momento. E não consegui deixar de dizer:
- Amor, para a próxima traz-me só uma florzinha. Tem o mesmo significado, eu fico feliz na mesma e sempre poupamos alguma coisa. Quanto é que custou? €20?
Só eu sei o que me custou reprimir um ramo de flores, só eu sei o prazer que me dá receber assim um ramo de flores (e é claro que não é o mesmo que receber só uma florzinha), só eu sei o que andei a investir para que o meu super marido aprendesse a surpreender-me assim com uma ramo de flores e agora… por causa do senhor orçamento de estado, em vez de usufruir do momento, só consigo pensar “Mas porque é que ele foi gastar dinheiro em coisas supérfluas?”. Podia ter comprado uma picadora, um par de calças nos saldos (que me faziam tanto jeito), umas sapatilhas baratinhas…
Mas não, ofereceu-me flores porque sabe que eu amo receber flores, ofereceu-me flores porque há lá coisa mais romântica do que receber flores? E desde quando é que para mim um ramo de flores é uma coisa supérflua?  Um ramo de flores nunca será uma coisa supérflua!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A minha amiga Cymbopogon citratus

Cymbopogon citratus é o mesmo que dizer erva príncipe ou chá príncipe. Tenho uma destas em casa e nunca lhe liguei muito, mas este fim-de-semana resolvi cortá-la aos pedacinhos e colocar numa caixinha para usar como infusão. Hoje, depois de beber uns dois litros disto (que não consigo beber água de forma nenhuma), resolvi ir pesquisar sobre os efeitos e propriedades e descobri que a minha amiga Cymbopogon citratus é originária da Índia e é muito utilizada na cozinha Tailandesa.
Mas o mais fantástico é que ela possui propriedades bactericidas, desinfectantes, calmantes, diuréticas, digestivas, anti-depressivas e ainda um aroma fresco de limão. É também usada como repelente de insectos e em cólicas menstruais e intestinais. O que é que eu podia pedir mais?
Querida Cymbopogon citratus, a partir de hoje és a minha melhor amiga, está bem? (pelo menos enquanto se mantiver o meu Plano para preparar o meu corpo para ser mãe).

A barrinha de controle do peso e outras considerações

Depois de várias tentativas frustradas lá consegui pôr aqui uma barrinha super pirosona com o peso inicial (peso a 1de Janeiro de 2011, data em que iniciei a dieta) e o peso com que pretendo ficar nesta primeira fase. Penso que é um objectivo perfeitamente alcançável… com algum trabalho, espírito de sacrifício e força de vontade.
Ainda hoje comentava com uma colega uma ideia que a fantástica psicoterapeuta Dra. Georgette Devillet Lima me confidenciou uma vez: para perder peso, e para obtermos os melhores resultados possíveis, precisamos de ter um objectivo positivo. Assim, se queremos iniciar um plano de sucesso temos de erradicar as designações Plano de Emagrecimento ou Dieta e optar por coisas do género de:
- Plano para me sentir mais elegante;
- Plano para me tornar mais atraente para o sexo oposto;
- Plano para ganhar auto-confiança;
- Plano para alcançar um estilo de vida saudável.
Trata-se de pensar “Porquê?”e “Para quê?” queremos perder peso. Normalmente, quem consegue responder a estas duas questões com clareza e honestidade obtém melhores resultados. É o que vou tentar fazer!
Neste momento, tenho um objectivo muito positivo: Preparar o meu corpo para ser mãe; e isso dá-me uma força dos diabos. É claramente um objectivo positivo e faz com que este Plano seja diferente dos anteriores.

Os €200 é que não me saem da cabeça!

Cruzei-me com o Sr. Presidente no corredor. Tremi a pensar que ele me ia dizer “Então Dra. F.? Que espectáculo foi aquele na sexta-feira? Você sabe que nós não podemos fazer nada. É o orçamento de estado e os cortes na função pública…” Mas não, o Sr. Presidente tinha estado a ler umas coisas que eu escrevi sobre turismo e desenvolvimento local : “Estive agora a ler as suas respostas ao questionário para o Mestrado da Dra. E. Gostei imenso! Acho que tem cabeça, tronco e membros! Nota-se que está bem pensado. Gostei!” Pois é Sr. Presidente , eu penso, eu escrevo, mas os €200 é que não me saem da cabeça!

A psicóloga de 20 valores

Há mais de um ano que planeio a minha gravidez. Gosto de planear, gosto de fazer listas, gosto de estabelecer prioridades, gosto de fazer bem. Por isso, há mais de um ano que:
- Casei (ou pensei em casar, já que casei em Abril de 2010). E quando pensava já em não casar porque já vivia junta há algum tempo e talvez já não fizesse sentido, casei-me porque fiquei triste com a ideia de não me casar e… porque achava que era importante casarmos antes de termos o nosso bebé;
- Fui ao dentista e andei praticamente um ano a tratar as cáries (aconselhável a quem pretende engravidar porque as cáries já existentes avançam mais depressa durante a gravidez, apesar do dentista me ter explicado que aquela coisa dos bebés irem roubar o cálcio dos dentes das mães é um mito);
- Fui pela primeira vez ao ginecologista também há cerca de 1 ano; fiz exames, análises, citologia. A primeira citologia registou algumas alterações, mas após mais duas consultas, consegui que viesse tudo bem.
- Fiz análises. As primeiras tinham as transaminases (função hepática) alteradas. Repeti  as análises e, como engordei, o colesterol aumentou. Mas essa parte da história já vocês conhecem…;
- Comecei a tomar vitaminas pré-natais, cálcio e ácido fólico. Desde Novembro que todos os dias de manhã tomo o Folicil.
- Verifiquei a minha imunidade à rubéola e à varicela. Tudo ok!;
- Fiz o exame para saber se era imune à toxoplasmose. Não sou!
- O meu marido deixou de fumar, porque o sacrifício tem de ser dos dois e essa era a parte dele… por uma questão de saúde e dinheiro. Durou 5 meses e 14 dias.
- E, depois de tudo isto, informei a minha Chefe da minha intenção de ser mãe.
Sou psicóloga, trabalho na função pública, com contrato a termo certo. Trabalho no mesmo local quase desde o momento em que acabei o curso, há 6 anos atrás: 9 meses em estágio profissional, mais 3 meses a recibo verde e desde aí com contrato a termo. Em Novembro de 2009, foi publicado em Diário da República concurso para um psicólogo com o objectivo de me integrar no quadro da organização. Em Setembro de 2010, realizei a prova escrita de conhecimentos, quase um ano depois. E foi após essa primeira prova que informei então a minha Chefe.
Sensatamente, aconselhou-me a aguardar uns meses, para assinar contrato por tempo indeterminado, para entrar para o quadro. Passaria a ascender na carreira em função da minha avaliação de desempenho (Excelente no último ano e Muito Bom no ano anterior em que tive a melhor nota da organização), passaria a ter ADSE, passaria a ter estabilidade… Seriam apenas 2 meses, não corria riscos.
Tive a melhor nota na prova escrita – 19,75 valores. Realizei avaliação psicológica na CEGOC, entidade independente para não haver dúvidas e tive também aí a melhor nota – 20 valores (é assustador para um psicólogo ter 20 valores numa análise psicológica, é sintoma de uma certa neurose, mas eu tive porque as notas têm de ser normalizadas – só podemos ter 0, 4, 8, 12, 16 ou 20 – e fui o único 20). Fiquei em primeiro lugar por mérito próprio, concorreram mais dois colegas a desempenhar funções na mesma organização. Éramos 67 ao todo! Estava quase a poder engravidar!!
Na sexta-feira tive reunião para negociar a minha posição remuneratória (último passo antes de assinar contrato)… Um corte de €200,00 no vencimento!  Desculpe?? Senti uma revolta tão grande, uma falta de respeito tamanha, um atentado à minha dignidade enquanto profissional. Depois de 6 anos a servir a mesma casa, com a competência e o profissionalismo que todos me reconhecem (mas que não serve para pagar as contas no fim do mês), depois de me pedirem para aguardar uns meses antes de engravidar para que a minha situação fosse mais estável, um corte de €200,00 mensais? Estão a gozar comigo?? Com subsídio de férias e de Natal são €2800,00 por ano. Apeteceu-me dizer, “Não Obrigadinha, mas prefiro ficar com o meu contratozinho a termo certo com término a Fevereiro de 2012 e depois vou para o desemprego e fico a ganhar quase o mesmo porque a percentagem que me será paga é sobre o vencimento que me permitia passar férias uma vez por ano e jantar fora uma vez por mês.” Mas não, tive de engolir em seco, respirar fundo, e tentar provar que os 20 valores na avaliação psicológica justificam que seja uma profissional emocionalmente estável que não se deixa ir abaixo por uns míseros €200,00. Mas não, fiquei ao nível talvez de um 8!
Disse tudo o que pensava, que tinha vontade de me ir embora, que ia começar a procurar trabalho, que pela primeira vez me tinha arrependido da oferta de trabalho que me foi oferecida antes de entrar para aqui para trabalhar numa multinacional, que era uma falta de respeito terem-me pedido para aguardar só mais bocadinho e agora mandarem-me esta bofetada. Disse tudo e o senhor Vice-Presidente ouviu, solidarizou-se comigo, reconheceu o meu mérito, a minha competência, o reconhecimento dos parceiros com quem trabalhamos pelo meu trabalho, as horas extra feitas sem pedir nada em troca “por uma questão de responsabilidade e profissionalismo” (disse ele), e as ajudas de custo não reclamadas, e as viagens no meu carro, e as formações e o material de escritório pagos por mim (com os tais €200,00 que andava a ganhar a mais). O senhor Vice-Presidente, por quem tenho a maior estima e consideração, ouviu tudo e acho até que teve pena de mim. O senhor Vice-Presidente é um homem muito racional, tem uma figura simpática mas fala sempre com aquela distância emocional de segurança que se exige a um Vice-Presidente. Já estive com o senhor Vice-Presidente em festas de aniversário e em alguns contextos mais informais mas nem aí o homem profissional se desmontou. Mas, depois de me ouvir, de ter tido o privilégio de ver cair uma ou outra lágrima à psicóloga de 20 valores que era suposto ser equilibrada, estável, serena e com capacidade para aguentar ser atropelada com um camião, o senhor Vice-Presidente levantou-se, deu-lhe dois beijos e abraçou-a. Um abraço terno, não contido, um abraço de amparo, de pena, de força. A psicóloga desencostou-se um bocadinho para não ter de sofrer a humilhação de chorar mais uma lágrima… e foi!
Passou-se o fim-de-semana. Não dormi bem, não consegui estar sentada a ver televisão ou sossegada a pensar na vida. Aproveitei para fazer arrumações, para andar a pé; o marido aproveitou para lavar o carro, arranjar o jardim! E vou começando agora a digerir tudo isto!
O dinheiro que vou receber a menos faz-me falta e faz a diferença entre viver confortavelmente e suficientemente. É que a psicóloga de 20 valores não ganha mais de €1000 por mês!
E agora? Será que agora posso encomendar o meu bebé? Agora está tudo tratado, os médicos, as dietas, os exames, mas falta o dinheiro! Agora, agora mesmo, vou à procura de um part-time e vou ver se raspo daqui para fora…

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Desafio 1: Perder 10kg em três meses

Neste momento o maior desafio que tenho pela frente antes de engravidar é perder peso. E temo bem que este vá ser um assunto recorrente neste espaço, pelo que escolhi começar por ele.
Meço 1,63m e peso 92kg (na balança do médico 90kg). E perante esta terrível evidência, o ginecologista disse-me que, se ginecológica e obstetriciamente avaliando, eu poderia engravidar sem qualquer problema, como do ponto de vista clínico ele desaconselhava-me totalmente uma gravidez neste momento… porque com 15 kg da gravidez ficava com 105kg, porque tenho o colesterol alto (248), porque podia ter problemas de tensão alta, porque…, porque…, porque… e assim sendo, a minha condenação foi perder 10kg em 3 meses. Não é portanto de estranhar que tenha saído de lá completamente arrasada, fartei-me de chorar… Mas depois, essa dor transformou-se em força e neste momento agarrei-me a esta vontade com unhas e dentes… Fui ao ginecologista na segunda-feira e desde segunda-feira que estou em dieta rigorosa. E volto ao ginecologista a 9 de Maio, pelo que este será um longo e duro processo, tendo em conta que nunca consegui estar em dieta sem fazer disparates mais de 2 semanas seguidas. Estou a encarar este processo como se pertencesse a uma espécie de “obesos anónimos”, ou seja, sei que hoje vou ser capaz de cumprir à risca o plano alimentar que estipulei e fazer a minha caminhada diária, mas amanhã é outro dia.
Deste plano, fazem parte várias medidas:
- fazer uma alimentação cuidada, diminuindo consideravelmente a ingestão de açucares, gorduras e hidratos de carbono;
- fazer exercício regular, ou seja, 45min – 1 hora a caminhar vigorosamente por dia, preferencialmente depois de jantar.
- por sugestão do ginecologista, ser acompanhada na consulta de endocrinologia/nutrição (marcada para dia 21 deste mês)
Acredito que, pela primeira vez, vou conseguir levar uma dieta a sério, tenho de acreditar… até porque a fonte de motivação não podia ser mais encorajadora. E uso alguns truques para que tudo dê certo:
- o bodie de que vos falei “C’est qui le plus fort, au grand coeur?” está implacavelmente agarrado à porta do meu frigorífico, preso com os imanes que trago das viagens que fazemos;
- escrevo todos os dias um diário com o peso, alimentos e quantidades ingeridos e tempo de exercício;
- partilho o meu programa de emagrecimento com todos à minha volta para garantir que quem está perto cumpre escrupulosamente a sua função de fiscal.
E tenho ainda um excelente aliado, um companheiro que, solidário comigo, entrou também ele em dieta e me impõe um ritmo acelerado a caminhar – o meu super marido! E pronto, posto isto, vou enchê-lo de beijos…

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Uma história de Amor!

Este blog nasce da vontade de contar uma história, uma história sobre a maternidade, uma história de amor. Desde pequena que me lembro de responder à pergunta “O que é que queres ser quando fores grande?”, com “Quero ser Mãe!”. Nunca me lembro de sonhar com vestidos de noiva e véus muito compridos, não me lembro de sonhar com carros topo de gama ou empregos muito bem remunerados, mas lembro-me muito bem de querer ser mãe. Preferia os bebés carecas a qualquer outro tipo de brinquedo e, ainda na creche, a minha brincadeira preferida era brincar às mães com as crianças mais pequeninas. Na adolescência e mesmo no início da minha vida adulta, lembro-me de pensar que podia ser feliz se não casasse, mas não podia ser feliz se nunca tivesse um filho. Hoje essa vontade mantém-se! Casei em Abril (o que por si só vem facilitar o meu projecto) com o homem que escolhi para me acompanhar durante toda a minha vida, mas que também escolhi para ser o pai dos meus filhos… por ter um coração do tamanho do Mundo, por ser uma pessoa boa, por ser um amigo e um companheiro por excelência, por ser capaz de dar a vida por mim (e um dia, pelos filhos!), por ter sonhos idênticos aos meus, por fazer dos meus sonhos os seus próprios sonhos e por me deixar fazer também parte dos dele, por termos construído juntos um projecto de vida consistente, seguro, um projecto de amor!
O nome deste blog? É mais uma bonita história… um dia, não há muito tempo, entrámos numa loja de criança para comprar uma prendinha para uma bebé e o Paulo ficou deliciado a olhar para um bodie interior, verde, com um vicking que tinha esta frase “C’est qui le plus fort, au grand coeur?”.  Trouxemos o bodie para casa, para o nosso futuro bebé, e foi nesse dia que sinto que o amor por este bebé nasceu…
Não, não estou grávida, não estou ainda sequer a tentar engravidar… mas estou a preparar-me, a dar solidez ao meu projecto, a criar alicerces firmes… não sei se é um defeito ou uma qualidade, mas gosto de fazer as coisas importantes com muita calma!
Este blog será uma espécie de diário do meu percurso… um confessionário! E é bom saber que haverá alguém do outro lado a ouvir-me…